12 de jan. de 2010

O Trágico do tráfico


Reféns do vício, vítimas do descaso e da crueldade
Um chão quente, e ainda molhado
De um vermelho intenso ao pó de asfalto, misturado
Inerte, mudo, seres inanimados
Aos olhos do mundo sem identidade
As mães, pobres mães... Pobres
Somente elas, se identificam ali
Revivem a dor do parto
Porém, é uma dor diferente
Não é uma certidão pra nascer
Sucumbem ao desvario
Quem por ali passa... Não se comove
Apenas deixa um rastro de que fora testemunha
De uma real/idade brutal
De uma covardia, supostamente valente
E as Marias, Joanas e beltranas... tanto faz
Imploram pelas suas crianças
Que outrora tinham sonhos
Que foram amputados pelo inimigo de seus filhos
O tráfico

Imagem retirada do Blog: palavraaberta.blogspot.com/
Poesia de autoria: Luciana Tannus

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