24 de nov. de 2012

Livro-objeto de Iara Abreu em exposição na Argentina


A amiga Iara Abreu, artista e poeta visual, participa do projeto Livro-objeto na cidade de Chacabuco - Argentina. 

Abaixo, vocês podem conhecer um pouquinho deste projeto maravilhoso no qual a artista dialoga poesia e artes visuais. 

Muito feliz, dois de meus poemas foram ilustrados em seus pergaminhos e serão exibidos juntamente com outros poetas participantes do projeto na Argentina. 

Poesias minhas participantes do projeto: "Vida de escragiário 
e O Trágico do tráfico".

LIVRO-OBJETO / poético

A criação do objeto se baseou na ideia dos pergaminhos antigos, onde "escritos" e documentos eram enviados e/ou guardados enrolados. Daí surgiu a ideia de construir esse livro-objeto, um rolo de poemas ilustrados com todos os poemas do projeto Aspectos Urbanos, parceria de linguagem de artes visuais e linguagem poética constituindo assim um “livro a metro", em que, para se lê, é necessário ir desenrolando quase numa performance de leitura. É um livro atípico, mas com todos os elementos e configurações de um livro acadêmico.

O Livro-Objeto Poético foi criado e construído para participar no Coletivo de ideas AVRAMAQUIA - Proyecto y coordinación: Gabriela Fernández, Mónica Zadra, Rosa Gravino.

Objeto construído com poemas ilustrados do projeto Aspectos Urbanos (diálogo entre artes visuais e poesia) para participar do projeto LIVRO-OBJETO, Casa Del Bicentenario, Municipalidad Cañada de Gómez, Chacabuco/Argentina,
Mais detalhes consulte os links:

http://avramaquia.blogspot.com.ar/search/label/libro-objetohttp://espacioexperimental1.blogspot.com.br/2012/11/la-inauguracion.html

30 de out. de 2012

Obras da amiga Iara Abreu em exposição no Centro Cultural UFMG - BH


“O Olhar do artista sobre o livro esquecido”



“Obras criadas a partir de livros didáticos em desuso”

É um projeto que integra e promove ações entre escolas da Rede Municipal de Educação, tendo por objetivo gerar uma reflexão sobre a destinação e aproveitamento adequado dos livros didáticos distribuídos pelo MEC/FND, valorizar o livro didático que esteja fora de seu triênio de validade e destinado ao descarte e/ou doação, e reaproveitá-lo didaticamente, na própria escola.

Como parte dessas ações foi organizada a exposição coletiva “O olhar do artista sobre o livro esquecido”, com obras criadas por vários artistas convidados, a partir de livros didáticos em desuso. A ação permitiu que os artistas transitassem do figurativo ao abstrato, cada um com sua linguagem, sua técnica, reunindo-os assim numa coletiva diversificada quanto aos estilos, mas uníssona no diálogo com o tema e material utilizado, ressaltando de maneira subjetiva, valores e memórias do nosso tempo de escola. E, que essa exposição desperte essa reflexão sobre os livros em desuso e que os mesmos sejam utilizados em toda a sua potencialidade e por todos que deles, direta ou indiretamente, se beneficiam. 

Projeto da Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte, Gerência de Coordenação Pedagógica e Formação e da Coordenação Municipal do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) com curadoria de Maria Aparecida de Almeida.

20 de out. de 2012

O MEC quer, mas e o professor, será que ele está preparado para isto?

Eu me admiro com a proposta de currículo para o ensino médio que o MEC quer implantar: que as atuais treze disciplinas ministradas sejam integradas em quatro áreas do conhecimento. O que implica que “alunos da escola pública e particular terão, ao invés, de aulas específicas de biologia, física e química, atividades que integrem esses conteúdos em ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática”. A proposta é boa, não sou contra, mas eu me questiono o seguinte: como o professor irá integrar mais disciplinas à sua, se o governo não investe no profissional? Muitos não estão preparados para ministrar a própria disciplina! Não é possível um professor de Literatura agregar à sua matéria, linguística, gramática e produção textual, se o modelo de ensino médio e universitário não deu e não dá suporte técnico a esses professores formados ou que se formarão. Mudanças são bem-vindas, mas impô-las de forma arbitrária e inconsequente ao profissional, é um abuso. A mudança urge, mas urge no método de ensino retrógrado usado pelas instituições. Segundo a diretora do Departamento de Educação da Secretaria de Estado da Educação (SEED), Maria Izabel Ladeira Silva, nada impede que o professor de geografia ministre conteúdo de história e o de história de geografia e as disciplinas dialogarem entre si. Muito lindo isso, mas na prática não funciona, justamente pela deficiência educacional de nosso país. E cá entre nós: se os professores se desdobrarem em 2, será que o governo irá pagá-los em dobro? A exigência só é válida se houver bom-senso do poder público em preparar o profissional para tal reforma. O professor que se comprometa a entrar nas regras se atualizando com o mísero salário que lhe é suado, se não meu amigo; ele estará fora do mercado. Assim, fica fácil.

13 de out. de 2012

Dia das.... Hoje é dia de quê mesmo?!


Crédito de imagem: http://www.get7.com.br
 
Engraçado, ontem ouvi de meu marido - dia 12 de outubro, que certo colega lhe disse que não tinha ainda comprado brinquedos para seus filhos na tão badalada e esperada data em que se comemora o dia das crianças. O meu marido percebeu certa frustração na carinha daquele pai e ficou intrigado com aquilo. Ao chegar à nossa casa, comentou comigo a ocasião e se sentiu indignado pelo sofrimento do colega. Foi então que percebemos como tais datas não carregam em si a essência da celebração, mas a avidez dos comerciantes à beira de um ataque de nervos pelo dinheiro alheio. Há tantas formas de se fazer uma criança feliz no seu “dia”: leve-a para passear no parque, tomar um sorvete, fazer um piquenique, jogar uma partida de futebol, brincar de esconde-esconde... Aproveite para conhecê-la melhor, unam-se aos seus filhos de maneira saudável. Aproveitem as horas ao lado deles lendo uma estória, comendo pipoca, algodão doce, chupando um pirulito... Ah! Mas a de ser mais fácil comprar um presentinho, um paliativo para amenizar a culpa pela falta de tempo que os pais não têm para com seus filhos. É menos vergonhoso se endividar a explicar que no momento não tem condições de assumir uma nova prestação. É mais fácil se safar da “obrigação” que para mim soa melhor “prazer” de estar com os filhos, dando-lhes um brinquedinho que os distrairá por algum tempo, deixando os pais mais à vontade para correrem para as suas atividades e projetos pessoais. Depois, assistem aos noticiários de adolescentes marginalizados, criminosos e se indignam de estes terem cometido um crime bárbaro; mas se esquecem de que os filhos  foram confiscados do direito aos princípios morais, ao amor, a atenção... Será mesmo que os pais estavam "presentes" nas datas comemorativas? Ou o presente chegou primeiro que os pais? Certamente. Será que é necessário provar ao filho um amor que lhe é incondicional, comprando-lhe uma baboseira qualquer em uma data específica? Gostar e aferir um sentimento a alguém agora têm datas certas para isso?! Essas datas de que nada tem a ver com o celebrar em essência têm sido um suplício constante na vida das pessoas. Vivemos na era do TER, TER e TER. Ter de dar uma lembrancinha no dia dos pais, das mães, dos avós, dos amigos... TER de TER dinheiro para satisfazer o ego daqueles que esperam ser reconhecidos em “seu dia”! Acho que poucos se lembraram do dia 12 de outubro de Nossa Senhora da Aparecida, Padroeira do Brasil. Não sou católica, mas me lembrei da comemoração litúrgica, lembrei-me da essência. E o melhor de tudo, não tive que agradar a ninguém.
  • Texto de autoria: Luciana Tannus de Andrade